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Reflexões sobre o Pampa brasileiro, uruguaio e argentino

4-07-2016

Entre os dias 20 e 22 de junho, a assessora programática da Fundação Luterana de Diaconia (FLD) Juliana Mazurana acompanhou, na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), o I Congresso Internacional do Pampa e III Seminário da Sustentabilidade da Região da Campanha, organizado pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGGEO) com o apoio do Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal (PPGBA) da UFSM. 

Na ocasião, foram realizadas diversas apresentações e debates envolvendo as potencialidades e ameaças ao Pampa brasileiro, uruguaio e argentino. Segundo Ana Estela Sandoval Domingues, da Universidade da República Uruguai (UDELAR), as mudanças e novas dinâmicas geradas pela ação do capital e a monopolização do território são devidas ao modelo neoextrativista que se vincula a governos progressistas que não consideram a justiça social. "Temos que pensar os territórios não do ponto de vista produtivo, mas de vida. Não queremos extrativismo, mas um extra-ativismo", disse Ana. 

Também painelista, Adriano Severo Figueiró, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) abordou diversos aspectos da conjuntura nacional e estadual, com reflexos no bioma Pampa, apontando para o risco de um ciclo vicioso de desenvolvimento exógeno no Pampa. 

Assim como Adriano, painelistas dos três países também teceram críticas à própria atuação das Universidades, que, em muitos casos, mantem este sistema perverso, com pouca atuação a campo e relacionando-se fragilmente com os movimentos sociais.

O evento, além de oportunizar espaços de socialização de conhecimentos, experiências,  reflexões e críticas, também serviu para encaminhar diversas Moções aos Governos Federal e Estadual, solicitando maior atenção à conservação do bioma Pampa, em especial às Unidades de Conservação.