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Povos e Comunidades Tradicionais são tema de Seminário Estudantil em São Lourenço do Sul

3-05-2016

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Promovido pela Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto (SMECD) e pelo Conselho Municipal de Educação, com apoio do Núcleo Educamemória da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), o 1º Seminário Estudantil sobre Povos Tradicionais ocorreu no dia 18 de abril no Galpão Crioulo do Camping Municipal de São Lourenço do Sul/RS. A atividade integrou a programação alusiva aos 132 anos de emancipação política da cidade, reunindo escolas da rede municipal para falar sobre Povos e Comunidades Tradicionais.

A abertura oficial do evento foi realizada pelo prefeito, José Daniel Raupp Martins e pela representante da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto, Anete Peglow. Ainda pela manhã, o professor e coordenador do Núcleo Educamemória da FURG, Carmo Thum, explanou sobre a definição de Povos e Comunidades Tradicionais, aspectos característicos como memória, oralidade e território tradicional, bem como a conquista e a luta por direitos no contexto nacional. 

Representando a Fundação Luterana de Diaconia (FLD), a assessora programática Juliana Mazurana abordou as identidades presentes no estado do Rio Grande do Sul, em especial no bioma Pampa e na região de São Lourenço do Sul. A análise se deu a partir do levantamento e caracterização realizados pelo Comitê de Povos e Comunidades Tradicionais do Pampa, constituído em outubro de 2015, em parceria com a Articulação Pacari, organização que atua com Povos Tradicionais no bioma Cerrado. 

O levantamento, que dará origem a uma publicação, tem demonstrado que há uma rica diversidade cultural, porém ainda invisível e desconsiderada, em políticas públicas. “Os diferentes Povos e Comunidades Tradicionais guardam uma relação intrínseca com a biodiversidade e com o território de uso tradicional” afirmou Juliana.  

 Durante o evento, pela manhã e à tarde, houveram apresentações criativas de turmas da Educação Infantil e do Ensino Fundamental, resultado de pesquisas e preparações realizadas anteriormente. Relatos, projeções, peças teatrais, danças e músicas coloriram o palco e encantaram a plateia. As crianças e adolescentes puderam demonstraram respeito e valorização da diversidade cultural a partir de uma representação de comunidades quilombolas, comunidades de pescadoras e pescadores artesanais, pecuaristas familiares, povo pomerano, povo de terreiro, povos indígenas, povo cigano, além de benzedeiras e benzedores. 

 “Vivemos um momento de ameaças constantes aos direitos conquistados por Povos e Comunidades Tradicionais, especialmente devido a preconceitos, racismo e discriminações. Eventos como este são inspiradores, pois promovem uma consciência histórica crítica baseada no respeito e valorização das diferenças e na busca por uma sociedade mais justa e inclusiva”, finaliza Juliana.