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Expansão de monocultivos de árvores exóticas e da soja ameaçam existência do bioma

17-12-2015

O campo é a expressão adequada para o perfil climático e o tipo de solo do Pampa, que é um patrimônio natural, genético e cultural de importância não só nacional, mas global. Uma das crescentes ameaças que o bioma vem sofrendo é a expansão de monocultivos de árvores exóticas, como o pinus e o eucalipto, e da soja, que descaracterizam o território e alteram o meio ambiente – uma vez que sua vegetação original é composta predominantemente por plantas herbáceas e arbustos. 

O Bioma Pampa, comemorado no dia 17 de dezembro, em homenagem ao ecologista José Lutzenberger, é um patrimônio natural, genético e cultural de importância nacional e global, que está ameaçado pelas monoculturas e pela destruição de seu habitat natural. Entre os biomas brasileiros, o Pampa é exclusivo do Rio Grande do Sul, ocupando uma área de 178.243 km2, correspondendo a 2,07% do território nacional e a 63% do território gaúcho.

De acordo com o Mapeamento da Cobertura Vegetal do Bioma Pampa, publicado pelo Ministério do Meio Ambiente, a região corresponde a um dos centros de maior biodiversidade de vegetais campestres de todo o planeta, com 3 mil espécies de plantas. A fauna também é rica, com mais de 400 aves e cerca de 90 espécies de mamíferos terrestres. 

Embora tenha grande extensão territorial, somente 41,32% da sua área ainda têm cobertura vegetal nativa; os restantes 58,68% foram modificados pelo uso do ser humano, principalmente pelo mau manejo dos campos com o sobrepastejo animal, aplicação de agrotóxicos e introdução da silvicultura com espécies exóticas.

Uma das crescentes ameaças que vem sofrendo é a expansão de monocultivos de árvores exóticas, como o pinus e o eucalipto, e da soja, que causam a descaracterização do território e alterações no ambiente, cuja vegetação original é composta predominantemente por plantas herbáceas e arbustos. O campo é a expressão adequada para o perfil climático e o tipo de solo da região.

Plantar extensos conjuntos de árvores representa uma grande sobrecarga para os recursos disponíveis, especialmente a água do solo, causando prejuízos irreversíveis ao meio ambiente e, consequentemente, ao ser humano.

A FLD atua na região desde 2013, por meio do Projeto Pampa, buscando minimizar impactos socioambientais e valorizar práticas e saberes das populações locais.

 Fonte: Ecoagência